Matando a saudade de minha cidade!

Photos by Nadja P.

  Sábado de sol, antes que o tempo mudasse, Maridão e eu fomos bater perna na 

área central de Campinas/SP. 

        Desta vez, fiz questão de conduzi-lo nos lugares que eu desejava visitar.

  Olha, lembro até hoje dos primeiros dias dessa feirinha que começou no Largo do Rosário, início dos Anos 70.
  Minha mãe assim que soube da novidade, foi lá e comprou dois pares de tamancos feitos de madeira: um par para ela, outro para mim.

  Falando no tamanco de minha falecida mãe, acho que deve existir até hoje na casa do meu velho pai!
  Pois bem, depois de alguns anos, a Feira Hippie, como é popularmente chamada, mudou-se para Praça Carlos Gomes. 
  Sendo que alguns anos, finalmente, estabeleceu-se no Centro de Convivência.
  Esse espaço expõe obras de Artes/Artesanato em geral além de contar com um área voltada somente para o comércio de Antiguidades. 
  Na verdade, o espaço é um conjunto arquitetônico onde existem dois teatros.

Gente, essas duas Bonequinhas, à esquerda, foram feitas com vidros de esmaltes!

À direita, lindas Cabaças decoradas, para receber passarinhos xeretas!

Artistas anônimos, obras maravilhosas!

Olha o "Rei", mocinho de tudo! 

Livros usados, alguns até raros.

No setor de Antiguidades viajo no tempo, viu?

   Porcelanas finas, pratarias, cristais, ufa! 

Fico sem ar. 

Tatoo, arte gravada na próprio corpo... 

Arte, sem dúvida!

Segunda Parada: Rua Ferreira Penteado, Rua Luzitana, Rua Dr. Quirino, Rua Barão de Jaguara...

Matei a saudade do pedaço onde passei parte de minha infância/mocidade.

Nossa casa já não existe mais e o prédio onde funcionava a Padaria União, a melhor da cidade, na época, hoje acomoda um estacionamento.

Perdi as contas de quantas vezes desci essa rua, para comprar pães nessa padaria, afinal, sempre AMEI comer pão!

 Igreja Metodista, pertinho do poste, à esquerda. Vi essa igreja ser construída.

Logo abaixo, a "Casa do padre", a seguir a 

"Casa do casal Beija-flor", apelido 

que a minha mãe deu aos namorados que viviam se beijando na sacada.

Esse predinho de dois andares já existia no final da década de 60, viu?

Prédio onde funcionou por muitos anos a 

Padaria União com seus deliciosos pãezinhos!

Terceira parada: Mercado Campineiro, fundado em 1954

Desde os 05 anos de idade, eu frequentava esse mercado com minha mãe.

Enquanto ela conversava com as proprietárias das bancas, eu trocava os preços da sacas de arroz, feijão, amendoim, milho, etc.

E por mais 10 anos acompanhei o vai e vem nesse local, sempre louquinha para comprar alguma coisa a fim de ouvir os assobios e chavequinhos do sobrinho de um açougueiro, moleque bonito, que deve ter ficado encantado com minha timidez e as  longas tranças.

Juro, nessa época, eu era suuuper tímida!

Do meu lado direito funcionava a Pastelaria China, hoje, uma lojinha de coreanos.

Eu e a minha mãe sempre parávamos ali, para comermos pasteis e bebermos caldo de cana.

Hoje nem posso ver caldo de cana na minha frente!

A gente muda, né?

Pastel?

Se for sequinho, tô dentro!

Vista panorâmica da cidade onde aparece o Mercado Campineiro, esse prédio na cor salmão.

Ocorreram mudanças, sem dúvida! Muita gente daquele tempo não trabalha mais aí.

Porém, desde 1960, sim, 1960 

(mil novecentos e sessenta), Dona Maria, uma linda nissei da qual a minha mãe e eu sempre admirávamos sua beleza exótica, ainda permanece ativa na banca de verduras com seu marido tímido.

Dona Maria já deve ter uns 80 anos de idade, mas continua vaidosa e bonita.

Foi um prazer imenso falar pessoalmente com ela! Relembramos os velhos tempos.

Logo abaixo detalhes de sua barraca, um dos funcionários ainda trabalha com o casal há 40 anos! 

Era um moleque, na época.

Dadinho e balas diversas... 

A Banca de Doces não é a mesma, claro, tudo muda, mas o Dadinho continua lá!

Quinta parada: Catedral Nossa Senhora da Conceição ou Catedral  Metropolitana de Campinas

Templo belíssimo construído no início de 1807, 

Obra finalizada em 1883 pelo engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo, recebeu influências dos estilos Barroco, Rococó e Renascentista.

Qualquer dia dedico um post somente para esse espaço do qual sinto orgulho, pois seu interior é algo ma-ra-vi-lho-so, podem crer!

Se o passeio acabou? Que nada!

Subimos a Rua Treze de Maio, rumo às Lojas Renner, para eu comprar lingerie.

Lindo finde a todos!

Tente, invente, faça o seu dia diferente! 

 Nadja